sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Pequenez
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Manar
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Talhar
domingo, 4 de setembro de 2011
Póstuma
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Janicípite
domingo, 31 de julho de 2011
Quase
Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez e a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata. Traz tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna? A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.