domingo, 14 de novembro de 2010

Olhando pra você - Drive


sábado, 30 de outubro de 2010

Lacrimal

Eis que repentinamente me vi parado. No alto do edifício o relógio não marcava as horas, ele marcava a temperatura e ainda via claramente que estavamos em dez graus. Frio? Não tanto se comparado a outros lugares onde já estive, mais era suficiente para me fazer tremer. Tremia e sabia que meu corpo estava ali inconscientemente porém minha mente como sempre devaneava por lugares outrora visitados. E ali onde estava era um desses lugares que já havia estado e ainda me lembrava. Ali passei bons e maus momentos, ambos me traziam saudades. Um cigarro na mão era algo que não me deixava ir tão longe, pois me trazia um calor não suficiente mais acalentador. A fumaça saia da minha boca após estragar um pouco mais meus pulmões e era suficiente para me distrair. Lembranças me afogavam, submergia nelas. Faltava oxigênio até me encantar por olhares cheios de desejos dos mais picantes que colidiam com o meu e timidamente eu desviava o foco destes, infelizmente. Ali o mundo parecia tão pequeno, por vezes até conhecidos eu via que me diziam olá. Porém minha vontade era libertar-me. Esquecer o passado, suprir minha carência, descobrir um novo e empolgante porto que pudesse iludir-me novamente, mesmo que por uma única noite. Estava no lugar certo, onde tudo poderia acontecer só bastaria eu decidir o rumo que tomar. A minha frente o paraíso. A minha esquerda o inferno. A minha direita os jardins do édem. O que tinha atrás não me interessava. Tudo passa rápido. Muito rápido. Assim como mais um cigarro queimado. Mais um pensamento em ti. E você onde estará? Mais uma vez gostaria de saber para que pudesse estar contigo mesmo que seja em pensamentos. E com isso as horas passavam, rápida com só as horas conseguem correr quando não queremos que estas passem, e os caminhos subterrâneos eu preciso seguir pois eles são minha rotina, minha rota que devo percorrer para chegar em minha cama mais uma vez e sonhar com você, sonhar com a possibilidade que ainda mantenho dentro do meu peito, talvez tão no fundo do meu próprio coração que seja dificil até para eu enxergar e poder ter você aqui novamente me desferindo um abraço, um carinho que desejo a cada dia mais.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Frívolo

Percebi o que estava vivendo quando encontrei-me como gostaria de estar, em alto mar, esquecido por muitos, lembrado por alguns poucos e amado por ninguém! Foi o que a vida me ofereceu mesmo eu sempre buscando algo diferente. Acreditei muitas vezes em vislumbres talvez ainda pelo fato de conhecer imperfeitamente a aurora do dia ou o crepúsculo da noite. Quando se vive a deriva essas noites são mais longas, os dias intermináveis e os sonhos um subterfúgio que te alegram pois trazem suas vontades muito antes deixadas em terra firme. É ainda embarcado que nos tornamos reféns de nossos próprios desejos. Cheguei a crer que os piratas poderiam se tornar amigos, quem sabe companheiros para atracarmos juntos no final desta jornada naval, mais estava sob influência de meus mais íntimos alucinógenos que encontramos apenas com o balançar das águas salgadas. Não que os momentos que passei ao lado dos seres que tinham alegria para dividir, histórias para contar e até amor para dar foram ruins, muito pelo contrário. Porém eles se foram tão rapidamente como chegaram e eu voltei a viver sentado na proa de minha embarcação e solitário releio as cartas que escrevemos, não de maneira insensível ou indiferente, mas sim apenas com focos diferentes. Hoje só relembro...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aclarando

Quebrei os laços! Rompi as amarrgas. Me libertei. Tal como o pássaro busca o céu mesmo ainda sem aprender a voar, como o peixe luta contra a correnteza, todos com um propósito maior. O peixe precisa dessa força pois assim eternizará a espécie, um sentido biológico para o sacrifício. Já voo do pássaro é recompensado com uma visão que só ele poderá ter, só ele verá o quão grande é o mundo e quão longe pode chegar. Um sentido muito pessoal que só o pássaro que atinge tal objetivo poderia descrever. Comigo foi semelhante e para tentar explicar o que acontecia devo antes explicar que "a origem da gravata remontava à fascalia de seda usada pelos oradores romanos para aquecer as cordas vocais, do ponto de vista etmológico, gravata na verdade vinha de um bando de cruéis mercenários croatas que amarravam lenços em volta do pescoço entes de partir para a batalha. Até hoje, esse antigo traje de combate é usado por guerreiros corporativos modernos, que esperam intimidar os inimigos nas batalhas diárias das salas de reunião." Não gostava de me sentir um guerreirro que lutava diariamente contra um exército truculento, inescrupuloso e mentiroso. Estava remando contra minha própria vida e encontrando bolsas de tranquilidade em lagos com fundo de areia movediça que me convidavam diariamente para o mergulho fatal! Eu resisti enquanto pude. Consegui juntar o que não me tiraram de líquor vital e parti. Parti rápido como devia ser, inesperadamente como quiria que fosse e sem deixar pegadas como sonhei que seria. Meus instintos estavam certos, eu era apenas um número que se desfragmentou e o pó se desfez no vácuo de minha partida. Lá o que sobrou de mim foi apenas nada. Para mim o que germinou foi a semente de uma nova vida. Um renascimento, um recomeço, uma retomada do que havia perdido.

domingo, 4 de julho de 2010

Intrínsecos

Eu sei que mexo com você assim como você também sabe que mexe comigo. Somos mais que duas pessoas, somos mais que amigos, companheiros ou irmãos. Somos pessoas eternas na vida um do outro assim como tatuagem na pele. Diria mais, estamos tão unidos que o seu sofrer me machuca, me corrói, a ponto de me fazer chorar sem saber dizer de onde vem a dor, meu bem estar te leva alegria, te conforta como chuva de verão no final de um dia quente. E vice versa. Longe um do outro nos sentimos mau, por vezes incomodados. Mesmo separados estamos unidos, sempre. Somos atemporais. O dito tempo, impiedoso, voraz, não nos toca. Podemos ser divididos, estar em galáxias, mundos ou universos diferentes que não deixamos um de pensar no outro. Nos procuramos naturalmente como a gravidade atrae os corpos, como o rio busca o mar, somos assim. Somos seres comuns. Somos um do outro. Tudo conspira para que estejamos junto e quando estamos é o que considero perfeito. É a perfeição divina. O nosso tempo passa mais rápido, o assunto flui tão natural como nosso sangue pulsando pelas nossas veias em ritmo comum pois nossos corações aceleram ao mesmo tempo, e assim somos tomados de um poder que apenas a gente é capaz de conjurar e usar, e se entregar. As noites são inesquecíveis, os dias são apenas detalhes, vivemos sonhos reais. Apenas juntos somos felizes. Apenas unidos estamos bem. Perto um do outro, esse é nosso lugar. É nosso futuro, nosso destino, nosso final feliz. E isso só depende de você, só depende de mim, só depende de nós...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sub voce

Vemos que o tempo esta passando. Estamos todos rumo a certeza que cada dia nosso final esta mais próximo. Isso é triste? Nenhum pouco. Diria que é natural. Cabe a cada um de nós buscarmos o que nos deixa melhores, mais felizes, menos insatisfeitos no curto tempo que resta. Nesse processo chamo a atenção para uma espécie de voz interna que muitos ouvem, mesmo não sendo falada por ninguém. Digo ainda que deveriamos passar a escutá-la mais pois esta voz muda nos ensina que podemos sair de certos caminhos pelos quais estamos caminhando e que jamais deveriamos ter nem ao menos entrado. Mostra que não é errado amar doce, odiar o salgado, preferir o preto ao invés do branco, gostar da sombra quando todos dizem que é melhor o sol. São esolhas de cada qual. Ela diz para cada um as nossas vontades, desejos e virtudes mais pessoais, mais particulares que não devemos deixar de lado, as quais precisamos lutar sempre para ressaltar esses pontos em cada parte de nós. Alguns a chamariam de divina provedência. Outros de conscência. Talvez intuição. Fato que o nome pouco importa e sim os desdobramentos que estas palavras proferidas de forma silenciosa traz a mim, a ele e a você. Escute sempre! E se te faz sentir melhor tente!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Confrangendo

No que se segurar quando tudo passa entre seus dedos como água? No que se apoiar quando tudo que enconsta se derrete feito gelo? De quem esperar um carinho, uma palavra de consolo, um abraço ou um ombro amigo se quem esta ao seu redor não é mais de que um abutre esperando sua carne putrificada cair pelo chão. No que sonhar quando seus sonhos mais íntimos tornam-se de bocado em bocado tormentos insanos capaz de te tirar o sono, arrancar o apetite e degolar te em frente ao espelho. Pequenas coisas. Grandes ações. Inconsequentes atos. Assim de pouco em pouco torna-te seu próprio algoz. Transforma-se em seu maior inimigo. Tem pesadelos em mar de sangue quando poderia sonhar com campos floridos. O tempo é implacável. Não o contrarie. Não fuja. Se entregue. Deixe-o agir em ti, profundamente, serenamente... Indubitavelmente se tudo não der certo agilize o fim, pontualmente pulsos, coração e jugular são alvos capitais, corte, fure, dilacere. Seja forte. Faz parte do processo. Quando perceber a névoa tomando conta de suas vistas você obteve sucesso, já é o começo do fim, agora apenas relaxe.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diário

Dias caóticos. Tempo escasso. Vontades milhares, mas a realidade é outra parte. E nessa parte me acho bem quando leio. Ler é um vício, o meu vício. Lendo me transporto para outros lugares, outras dimensões, várias sensações, bilhões de outros pensamentos. Como é bom ter outros pensamentos, como é acolhedor estar pelo menos por horas assim, como em sonho, sendo levado pelas palavras que estão escritas, descrevendo outras vidas. Estar de observador apenas aguardando o desfecho da história que você está inserido como mero leitor é confortante, é fácil, chega a ser ingênuo demais. Uma página virada, uma história terminada, uma frase dita ora não dita. Simples, não!? Talvez para muitos. Não para todos, não para mim. Sofrer junto com personagens, pensar como eles, e porque não até sentir como eles. E o pior, identificar-se. O que fazer quando uma frase escrita a tempos diz "Fiz tudo certo, errei quando coloquei sentimento" é dita para você, quase cuspida na sua cara. Pode ser coincidência, pode ser sorte, até sintonia de pensamentos. Ok. Pode ser isso tudo, pode ser mais. Por que uma frase solta em meio a um rio de outras me choca tanto quando leio "A saudade existe não porque estamos longe mas porque um dia estivemos juntos." Será por que sinto o mesmo? "Aí, então, perceba que você está fazendo tempestade em um copo d´água. Perceba como você se tornou mesquinha. Pode parecer que você não consegue se encaixar nessa cidade. Pode parecer que, toda vez que alguém lhe dá a mão para você se levantar, a pessoa larga e você escorrega mais para o fundo. Mas você tem que parar de ser pessimista e aprender a confiar nas pessoas à sua volta. Então eu faço isso. Mais uma vez." E mais uma vez decepção! "E aí, bem, certos pensamentos começam a rondar minha mente. Será que conseguirei, alguma vez, assumir o controle da minha vida? Será que sempre serei empurrada e maltratada pelas pessoas em que confio? Será que minha vida alguma vez tomará o rumo que eu quero?" São tantas perguntas que me servem. "No dia seguinte eu tomei a decisão. Decidi que ia descobrir como as pessoas na escola reagiriam se uma das alunas nunca mais voltasse. Como diz aquela canção: Adeus, amor, eu vou partir..." Eu leitor, tocado e identificado com tudo apenas penso, me emociono, coloco meu marcador de páginas onde parei, apago a luz, me cubro e tento pegar no sono pois amanha terei novamente dias caóticos, tempo escasso, vontades milhares...

sábado, 6 de março de 2010

Opúsculo

Esta é a melhor definição para nossa história. Rápida. Com poucos capítulos. Com poucas palavras porém muito intensa. Assim como deve ser! Foi tão veloz quanto o amanhacer de um dia ou mesmo o cair da noite. Majestoso como a mais bela obra de arte e tão único quanto o mais raro diamante. Logo no começo algo me chamou a atenção, chamou e prendeu, com tanta força que se tornou mais díficil, por vezes até cruel tentar esconder o que era para acontecer. O único problema, mais uma vez era a timidez, esbarrava nela, como em tantas outras passadas vezes e me perguntava se seria assim novamnete... Não desta vez! Minhas armas estavam impassíveis, meus atos tão límpidos na minha mente como água em nascente. Minha decisão foi única, perfeira e certeira. Agora apenas silêncio, desejo, tudo bem alto. Aqui nos encontravámos na metade da trama. Já era manha, fria e úmida. Para mim, para nós, creio que viviamos como queriamos viver, apenas curtindo momentos que sabiamos ser passageiros mas sonhavamos que se transformassem em inesquecíveis. Sonhos. Não é sempre como queremos. Por vezes nos assustam e por vezes nos encantam, este era o caso, estavamos encantados e percebendo que nossas páginas como em qualquer opúsculo estava chegando ao fim. Tão curto. O fim chegou. Não para nós. Já temos vontade de continuar a escrever e viver essa história. E não poupamos esforços para que essa páginas passadas transformem-se apenas em prólogo de nossa história, que imagino ser tão extensa como a eternidade que nos aguarda.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mágico maravilha

Sim salabim! Que bom se soubesse controlar essas palavrinhas! Seriam de importância e utilidade indescritiveis. Só em saber que teria o poder de ir para onde eu tenho vontade, pode ter a capacidade de sumir com objetos, com memórias... E além de tudo me fazer esquecer de pensamentos, acho que seria o melhor de tudo! Poder materializar coisas, pessoas e outras coisinhas mais seria sensasional! Quero e faço! Não quero desfaço! Simples. Fácil. É bom ser mágico. A única dificuldade é o trato com o tempo. Poder controlar o tempo é gostoso é muito complexo e por vezes perigoso! Os Deuses do tempo são inteligentes. Nos enganam com facilidade mas a história dos deuses do tempo é pauta para outro texto, poque hoje a magica é o tema! Assim me sinto obrigado a dizer que a mágica também nos ilude e algumas dessas ilusões nos assustam outras nos apaixonam, e algumas nos prendem! Só os magicos podem ter o controle de todos esses emaranhados e apaixonantes pontos que me levam a dizer: Eu quero ser mágico! Quero ter o poder de trabalhar com a magia que existe no ar! E voalá...

sábado, 23 de janeiro de 2010