quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Apenas mais uma confidencialidade entre nós

Não era mais o passado, mas revivemos o passado. Vivemos bons ruins momentos juntos. Somos muito próximos e essa dificuldade de querer aproveitar o outro, abrir minutos de possibilidades, torneiras de cascatas e nos sentir bem com conversas quase muda por obrigação. Confidenciei, depois de sua pergunta, que não tenho mais um coração no peito e sim um buraco vazio. Um buraco que foi esvaziado de um coração, pois na vida as boas coisas vem banhadas do gosto de ferro do sangue. Logo, sem sangue para pulsar o coração é um órgão que cai em desuso a não ser pela função poética de verminar o amor pelo corpo. É por isso que hoje desejo que 'ele alguém' que apenas nós sabemos morra. É tão bom sentir esse ódio incontrolável e desejar a morte desse 'alguém' que nós sabemos em segredo. É por isso que nós gostamos de brindar com latas de coca-cola do tamanho exato de um copo, para evitarmos os excessos. Luzes sobre nossas taças egoístas que nosso abraço sela. Será que foi um jogo do destino nos reencontrarmos depois de andar pelo espaço? Não. Moramos na mesma vizinhança e mesmo que eu torça para o Coritiba e você para o Vasco somos cúmplices de um crime hediondo. 

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