terça-feira, 17 de julho de 2012

Olhar acima

"São coisas como essa que acontecem e não tem explicação. Se foi o destino, acaso ou caminho marcado não sei, não consigo encontrar nem ao menos hipóteses que possam nortear caminhos. São fatos que desenrolam meticulosamente em vidas confusas como é fácil de dizer ser a minha um bom exemplo. Como conceber a idéia de ao mesmo tempo, no mesmo dia, na mesma hora, no mesmo lugar estar duas almas que não tem qualquer tipo de ligação, até então. Em um mundo gigantesco, diria virtualmente gigantesco, tamanha coincidência acaba contecendo. Deve ser algo parecido com a teoria utilizada para explicar a formação do universo onde milhares de partículas afim acabam por se encontrar e ligando-se talvez por uma força divina, um poder superior, formam um cosmos tão poderoso que dele brotam galáxias, sistemas, planetas, estrelas, corpos celestes e vida. E como em todo ser dotado de vida um ciclo deve ser cumprido. Uma rotina deve ser seguida como a noite vindo depois do dia, o começo sempre antes do fim. É estranho pensar que o fim pode ser o começo para alguns. Tempo. Certo é que um ciclo terminou, pelo menos para um. Hoje tudo que restou foi distância, esta medida em anos luz, que nos afasta cada dia mais. Talvez nesse contexto astronômico, quiçá astrológico, as explicações possam estar disfarçadas como em um eclipse, obscuras em trevas, mergulhadas em mentiras? Não sei mais uma vez responder. Quem sabe em outro ponto um novo universo, um novo ciclo esteja nascendo para outras vidas, pois, mesmo que sozinho como um meteoro, eu sigo vagando por escuridões apocalípticas e sempre sentirei muita falta do meu sol. Por hora quando perdemos o telhado ficamos com a beleza das estrelas mesmo que ainda não tenha aprendido a admirá-las pois ainda vejo em meu telhado ausente meu eterno porto seguro utópico."

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